Arma de Deus para resistir as ciladas do demônio
INVOCAÇÃO A INTERCESSÃO DE MARIA E O PODER DO ROSÁRIO
Maria foi a escolhida por Deus para gerar o Verbo Divino. Ela é o ser humano mais puro, agraciada pelo Espirito Santo, livre antecipadamente do pecado para gerar o Senhor.
Maria é a Mulher profetizada no Gênesis 3,15, aquela que esmagaria a Serpente, o Demônio, e essa luta também é descrita por São João no Apocalipse capítulo 12, por isso invocar Maria é invocar a grande batalhadora contra o Demônio.
Maria é um exercito em ordem de batalha, pois sua presença nos enche da forca de Deus, como o fez na visita a sua prima Isabel (Lucas 1,39-45).
Eis um trecho do Apocalipse, da luta entre a Virgem Maria e o Demônio:
" Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
2. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
3. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
4. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
5. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
17. Este (o Dragão), então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. (Apocalipse 12)
O ROSÁRIO
Assim como triunfou na batalha de Lepanto(A-historia-da-batalha-de-lepanto)
a Igreja militante é chamada a recorrer continuamente à Mãe do Rosário, para vencer a guerra mais importante de todas a que diz respeito à salvação da nossa alma.
A oração do Rosário é composta quase que completamente por orações evangélicas, sendo o Pai-nosso (Mt 6,9-13) uma prece ensinada pelo próprio Senhor Jesus e por isso a mais poderosa ; a Ave Maria ( Lc 1,28. 42.), ditada pela boca do Anjo Gabriel e pelo Espírito Santo através de Santa Isabel; o Glória ao Pai (Lc 2, 14) cantado pelos anjos no nascimento do Senhor.
Além de que ao rezar o rosário meditamos e contemplamos nos eventos mais importantes da nossa salvação, da vida de Jesus e Maria.
Por ser uma prática devocional direcionada à Virgem Maria, a batalhadora contra a serpente, o demônio (Gênesis 3,15; Apocalipse 12), ele perde suas forças diante dessa oração, pois oramos como Jesus repetindo as mesmas palavras com a boca (Mateus 26,44) , mas meditando diferente em cada palavra com o coração, fazendo com que alcancemos graças sem iguais pela persistência na oração (Lucas 11, 5-8).
São Luís Maria Grignion de Montfort
(1673 –1716), grande apóstolo de Maria Santíssima,
escreveu: “A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la
Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo
memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e
meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da
vida e da Paixão de Jesus Cristo”.
Assim sendo, depois da Santa Missa o
Santo Rosário é a mais poderosa arma de eficácia comprovada contra Satanás e
seus sequazes, que procuram perder as almas. É um meio de salvação dos mais
poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela Divina Providência. O Rosário
soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e antecipa a
implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.
O
Rosário, Instrumento de Salvação.
(Extraído do livro: A eficácia maravilhosa
do Santo Rosário,
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que,
quando São Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram tocados e
choraram amargamente seus crimes, e até crianças fizeram penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele
pregava, que os pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo por suas
penitências.
Se vós sentis vossa consciência carregada de
pecados, tomai o Rosário e rezai uma parte dele em honra de alguns dos
mistérios da vida, da paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando
e honrando esses mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas sagradas ao Pai,
tomará a vossa defesa e obterá a contrição e o perdão dos vossos pecados. Ele
mesmo disse um dia ao Beato Alano: "Se esses míseros pecadores
rezassem frequentemente o Rosário, participariam dos méritos da minha paixão e
Eu, como seu advogado, aplacaria a Justiça divina".
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas,
na qual não temos que combater inimigos de carne e de sangue, mas as próprias
potências do inferno.
Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo
Rosário. Esmagareis assim a cabeça do demônio e permanecereis inabaláveis diante
de todas as suas tentações.
É por isso que o Rosário, ainda que considerado
materialmente, é tão terrível ao demônio, e os Santos dele se serviram para
expulsá-lo dos corpos de possessos, como testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de
possessos colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há
exercício mais frutuoso e mais útil para a salvação do que pensar
frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por
revelação que a simples lembrança ou meditação da paixão de Jesus Cristo é mais
meritória ao cristão do que jejuar a pão e água todas as sextas-feiras de um
ano inteiro, ou tomar a disciplina até o sangue todas as semanas, ou recitar
todos os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem
declarou ao venerável Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que residia em
Trèves no ano de 1481, que "todas as vezes que um fiel recita o
Rosário com as meditações dos mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em
estado de graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus pecados".
Ao Beato Alano, Ela disse: "Grande
quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário, mas fica sabendo
que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos que rezarem o terço em estado de
graça, de joelhos e devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa
devoção, Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por esse bom serviço, a
plena remissão da pena e da culpa de todos os seus pecados".
Em
1945 os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades japonesas:
Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de um quilômetro e meio do centro
da explosão, ficou tudo arrasado e todos os habitantes morreram carbonizados. A
casa paroquial, com oito moradores jesuítas, que distava apenas 800 metros da
explosão, ficou de pé e os seus moradores ficaram ilesos.
O
Pe. Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois viveu mais 33 completamente
com saúde e nenhum dos moradores da casa sofreu as conseqüências da
radioatividade. Ele contou a sua experiência no Congresso
Eucarístico da Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os membros daquela
comunidade ainda viviam.
O
Pe. Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200 cientistas e não
puderam explicar como, no meio de milhares de mortos, ele e seus companheiros
tinham podido sobreviver. O Pe. Shiffer afirmou que centenas de cientistas e
pesquisadores por vários anos continuaram a investigar por que a
casa paroquial não foi atingida quando tudo ao redor ficou arrasado. E
o padre explicou, dizendo: "Naquela casa se rezava todos os
dias, em comum, o Santo Rosário. Por isso, foi protegida por Nossa
Senhora".
Nossa
Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase toda especial à
oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre com o ROSÁRIO. Em
outras aparições, pede sempre que se reze o Rosário. Em Fátima, em cada uma das
aparições, ela insiste: "Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE".
Em
Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em 14/08/84, ela diz:
"Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo menos o Rosário". Em
27/09/84: "Peço às famílias da paróquia que rezem o rosário em
família".
No
dia 25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que deseja dizer aos
sacerdotes. Ela responde: "Caros filhos, eu os exorto a
convidar todos à Oração do Rosário. Com o rosário, vencerão todas as
dificuldades que Satanás, neste momento, quer colocar no caminho da Igreja
Católica. Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem tempo ao
Rosário".
O
Papa, no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse: "Caríssimos
irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço vivamente aos pastores para rezar o
Rosário nas suas comunidades cristãs. Ajudai o povo de Deus a retornar à oração
cotidiana do Rosário".
A
Origem da Ave-Maria
É bom lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria,
Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória
sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429.
O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe
de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que
culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a
presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e
Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do
livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).
Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram
as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre
Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA
MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém."
Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel
fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave
cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra
saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses
de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é
o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações
deram origem a AVE MARIA.
Como surgiu a oração do Santo Rosário
A
oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra
dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam
os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a
rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios
com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a
Maria.
Posteriormente fez-se
uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas
e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou
estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou
Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
Rosa das rosas, Rainha das rainhas.
A
palavra Rosário vem do latim Rosarium, que
significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa
Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana),
e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem
Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é
entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário
completo, lhe é entregue uma Coroa de Rosas.
A
rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das
rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e,
portanto, a mais importante.
O
Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a
majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de
gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples,
humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com
o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos.
Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque
Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede.
Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o Rosário como
uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.
A
difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja atribui à São Domingos
de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário",
cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia
albigense , que assolava Toulose (França).
Segundo respeitosa tradição, Nossa
Senhora numa Aparição revelou a devoção ao Rosário a
São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma
heresia.
Eram os albigenses, que, como uma epidemia
maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália
e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a
esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim
soberbamente se auto nomeavam.
Eram lobos disfarçados com pele de
ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar
simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre,
a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular —
salta aos olhos a semelhança com o comunismo.
Várias regiões da Europa do século XIII
ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando
contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas,
destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam
definitivamente vitoriosos.
São Domingos (mais tarde fundador da
Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no
combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos
hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se
pervertiam eram massacrados.
Desolado, São Domingos
suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz
de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.
A
Aparição da Santíssima Virgem
Quando tudo parecia perdido, Nossa
Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse
mal.
O Bem-aventurado Alain de la Roche
(1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana,
no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a
São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o
Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos
de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges.
Na obra de São Luís Grignion de
Montfort acima citada, ele transcreve tal narração:
Vendo São Domingos que os crimes dos
homens criavam obstáculos à conversão dos albigenses, entrou em um bosque
próximo a Toulouse e passou nele três dias e três noites em contínua oração e
penitência, não cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com
disciplinas para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.
A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe
apareceu e disse:
—
Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade
para reformar o mundo?
— Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que
eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento
de nossa salvação’.
Ela acrescentou:
— Saiba que a peça
principal da bateria foi a saudação Angélica, que é o fundamento do Novo
Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes corações endurecidos,
reza meu Saltério.
Após a II Guerra Mundial, parte do
território austríaco ficou sob domínio comunista. Tudo foi feito para que os
russos se retirassem, todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo
parecia impossível obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país
católico.
Através da recitação do Rosário, a
nação austríaca inteira implorou a libertação a Nossa Senhora de Fátima,
pois só um milagre a salvaria.
Foi constituído um movimento chamado
Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do Santo Rosário), por
iniciativa do Padre capuchinho Petrus Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as
cidades, vilas e aldeias crescia o número de pessoas que aderiam ao movimento,
comprometendo-se a rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24
horas por dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima
pela libertação do país do jugo comunista.
Muitas procissões foram organizadas
nessa intenção. A maior delas talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro
de 1954: uma enorme procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa
Senhora de Fátima, da qual participaram muitas autoridades.
500 mil austríacos já haviam aderido a
essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do Rosário atendeu
as insistentes súplicas, e o impossível – naturalmente falando – ocorreu: em
maio de 1955 as tropas soviéticas abandonaram o território austríaco. Um
autêntico milagre!
Na batalha de Lepanto: A vitória salvadora.
Há 436 anos, em 7 de outubro de
1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras,
concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o
estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e
deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates
foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam
violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por
Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Mas, apesar da bravura dos soldados de
Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer.
Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a
derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia.
Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que,
inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em
retirada...
Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros
confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu,
ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a
fugir.
Logo no início da retirada dos barcos
muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis
perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados),
quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as
perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
Vitória alcançada pelo Rosário.
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade
rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa
São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do
Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da
armada católica.
O Pontífice, grande devoto do
Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma
visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica
acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria,
voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a
Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão foi confirmada
somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o
grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São
Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...
Em memória da estupenda intervenção
de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em
procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e
introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E
para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a
festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a
denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela
Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar
gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão
da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro
representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma,
non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem
as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a
vitória).
Assim como triunfou na batalha de
Lepanto,e tantas outras batalhas vencidas e testemunhadas por seus fieis, a Igreja militante é chamada a recorrer continuamente à Mãe do
Rosário, para vencer a guerra mais importante de todas – a que diz respeito à
salvação das almas. E, assim, no Céu, todos entoarão a famosa frase que
representou aquele grande combate marítimo: Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos
fecit – Nem as
tropas, nem as armas, nem os combatentes, mas a Virgem Maria do Rosário é que
nos deu a vitória.
Salve Maria Imaculada!
Fontes:
https://padrepauloricardo.org
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