Imitando as Virtudes de Maria
Nossa Senhora cheia de virtudes
(Cardeal Henry Newman)
“Para ser puro, para permanecer puro, tem-se que pagar um preço: Conhecer
a Deus e amá-Lo o suficiente para fazer a Sua vontade”. (Santa Teresa de Calcutá)
" Crendo no
que não vês alcançará no que crês." ( Santo Agostinho)
Como pode ficar em paz, por muito tempo, aquele que se intromete em negócios alheios, que busca relações exteriores, que pouco ou nada se recolhe interiormente?
Bem-aventurados os simples, porque terão muita paz!
2. Porquê os Santos foram tão perfeitos e contemplativos?
É que eles procuraram mortificar-se inteiramente em todos os desejos terrenos, e assim puderam unir-se a Deus no íntimo do seu coração, atendendo livremente a si mesmos.
Nós, porém, preocupamo-nos demasiado com as próprias paixões e ocupamo-nos excessivamente com as coisas transitórias.
Raramente vencemos por inteiro um único defeito, não nos inflamando no desejo de progredir todos os dias; e daí a frieza e tibieza em que ficamos.
3. Se estivéssemos inteiramente mortos para nós mesmos e interiormente desimpedidos, poderíamos criar gosto pelas coisas divinas e experimentar algo da celeste contemplação.
O que mormente mais nos impede é não estarmos ainda livres das nossas paixões e concupiscências, nem nos esforçamos por trilhar o caminho perfeito dos Santos.
Basta um pequeno contratempo para desalentarmos completamente e voltarmos a procurar consolações humanas.
4. Se nos esforçássemos por ficar firmes no combate, como soldados valentes, por certo veríamos descer sobre nós o socorro de Deus.
Pois Ele está sempre pronto a auxiliar os combatentes confiados à Sua Graça, o mesmo Senhor que nos proporciona ocasiões de peleja para que possamos alcançar a vitória.
Se fizermos consistir o nosso aproveitamento espiritual tão-somente na observância exterior, a nossa piedade será de curta duração.
Metamos, pois, o machado à raiz, para que, livres das paixões, possamos gozar uma vida de paz.
5. Se, em cada ano, extirparmos um só vício, depressa seremos virtuosos.
Todavia, pelo contrário, muitas vezes verificamos que éramos melhores e mais puros no princípio da nossa conversão, do que depois de muitos anos de profissão religiosa.
O nosso fervor e aproveitamento devendo crescer em cada dia, parece-nos já grande coisa quando alguém consegue conservar-se no fervor inicial.
Se, logo de início, fizéssemos bastante esforço, poderíamos então enfrentar todas as dificuldades com êxito e alegria.
6. É custoso deixar os nossos maus hábitos; mais difícil, porém, é contrariar a própria vontade.
Com efeito, se não consegues vencer os obstáculos pequenos e leves, como poderás triunfar nos grandes e difíceis?
Decide-te, vigorosamente, a contrariar as tuas más inclinações e a romper com todos os vícios, para que te não metas, pouco a pouco, em grandes dificuldades.
Se considerasses bem quanta paz gozarias e quanta alegria darias aos outros, vivendo virtuosamente, decerto que cuidarias muito mais e melhor do teu progresso espiritual.
Referências:
<http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx>.
“ O Conhecimento de si próprio, é o lugar onde o homem adquire a perfeição. Na oração contínua, fiel e perseverante, é que se adquire as virtudes Divinas”.
( Santa Catarina de Senna –Livro o Diálogo)
A fé e a adesão total de
Maria ao plano de Deus, fez dela a primeira discípula de Jesus, pois ela foi a
primeira a receber a notícia de sua vinda (anunciação) e acreditou, aderiu,
confiou totalmente dispondo-se a servir e colaborar com o plano de Deus.
Na sua humildade ela se abre ao dom
que lhe é proposto. Eis aí o grande amor, a caridade exemplar de Maria:
amor total a Deus, amor pleno para com a humanidade. Dispôs-se a assumir a
tarefa de ser a mãe do salvador, o que lhe faria sofrer certamente: “uma espada de dor traspassará seu
coração”( Lc 2,35). Sendo virgem, ela concebe em seu seio, a Palavra,
que primeiro concebeu no coração pela fé. Eis aí Maria, repleta de todas as
graças e virtudes: toda de Deus pela obediência,
toda dos irmãos e irmãs pela generosidade
sem limites.
O Concílio Vaticano II ressalta a santidade iminente de “Maria que
refulge para toda a comunidade dos eleitos como exemplo de virtudes'(
Lumen Gentium n. 65 ). Porém, nós podemos nos perguntar qual a maior virtude de
Maria? Se nela brilham de maneira fulgurante todas as virtudes em
especial a fé, a esperança e a caridade, que são virtudes teologias, qual seria
a maior? A maior virtude de Maria sem dúvida foi o desprendimento e a
total disponibilidade a Deus: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim
segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). E ainda, quando ela agradece ao
Senhor, vai exclamar: “…olhou para a humilhação de sua escrava”(Lc 1,48).
As Virtudes de Maria- Imitando as virtudes de Maria
(Tratado Verdadeira devoção-pagina 84)
A Verdadeira
Devoção à Santíssima Virgem é Santa, isto é, leva a alma a evitar o
pecado e a imitar as virtudes de Maria, particularmente a sua profunda humildade, a sua
fé viva, a sua obediência cega, a sua contínua oração, a sua mortificação universal, a
sua pureza divina, a
sua ardente caridade,
a sua paciência heróica,
a sua doçura angélica e
a sua sabedoria divina.
Estas são as dez
principais virtudes da Santíssima Virgem.
Mortificação Universal
“O caminho da perfeição passa pela Cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual”. (2Tm 4 apud CIC 2015)
“O caminho da perfeição passa pela Cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual”. (2Tm 4 apud CIC 2015)
Tu,
portanto, meu filho, procura progredir na graça de Jesus Cristo.
Suporta
comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus Cristo.
Nenhum
soldado pode implicar-se em negócios da vida civil, se quer agradar ao que o
alistou.
Nenhum
atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras.
É
preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco, se quer boa colheita. (2 Tm 2,1-6)
Mortificar-se significa morrer para si, para as inclinações e tendências ao
mal e tudo aquilo que vá contra ao desígnio divino, que é a caridade. O homem
após a concepção do pecado, pela desobediência dos nossos primeiros herdou essa
propensão ao mal e suas conseqüências. Mas o devoto da Virgem Maria é atraído à
reconciliação com Deus de uma forma eminente: “A devoção à Santíssima Virgem
Maria nos conduz ao aniquilamento do próprio eu”. (TVD 82).
Aniquilar significa “reduzir a nada, destruir inteiramente” (PRIBERAM, 2011).
Eis o segredo de graça, encontrar nesse aniquilamento o meio de chegar à
conformidade com Jesus. Para tanto é necessário conhecer-se à luz do Espírito
Santo, e contemplar as grandezas inefáveis da Grande Mãe de Deus, só entrando
nessa Bela Fôrma conseguiremos viver a mortificação dos sentidos e do espírito.
Viver a mortificação é desejar participar dos sofrimentos de Cristo e triunfar com Ele sobre a serpente infernal!
Viver a mortificação é desejar participar dos sofrimentos de Cristo e triunfar com Ele sobre a serpente infernal!
Como Maria viveu essa Virtude:
Maria, mulher forte que assume a
dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por
amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao
plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu,
e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com
paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada
de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar
entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos.
Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a
verdade.
Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia
provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa
Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas
provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação
dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos
sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os
grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de
conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a
Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou
simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas
diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece
(calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É
indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário
previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que
nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da
vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que
passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me
atormenta.” (Lam 1,12).
“Se alguém me quer seguir, renuncie-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. (Mc 8,34)
apoiando-se na âncora
firme, a Virgem Maria, que nos firma nesse caminho Imaculado, mesmo que venham
as tempestades.
O que os santos nos ensinam a respeito
da Mortificação Universal
“Minhas mortificações consistiam em refrear a minha vontade,
sempre prestes a se impor “.
( Santa Terezinha do Menino Jesus)
“Não procuramos a alegria se não em Jesus e fugimos de toda a
glória que não seja aquela da cruz” (Santa Catarina de Sena)
Oração:
Suplicando a virtude de ter uma mortificação universal e uma
paciência heroica
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma mortificação universal e uma paciência heroica; Fazei que
neste dia, pela intercessão de Nossa Senhora, "Porta oriental", eu,
(nome), alcance a graça de mortificar meus sentidos e renunciar minhas
vontades, não passando pelos caminhos maus, mas de olhos atentos, com paciência
sofrer as demoras de Deus e glorificar a porta oriental do Templo de Jerusalém,
lugar por onde entra o príncipe da Paz. Que possamos nos prostrar junto a Nossa
Senhora, pois por meio dEla e nEla, O Emanuel entrou na história humana. Assim
seja.
Paciência Heróica
“Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: “caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade”. (Gl 5, 22-23 apud CIC 1832)
“Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: “caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade”. (Gl 5, 22-23 apud CIC 1832)
A paciência antes de tudo é um fruto do
Espírito Santo! Tal virtude circunda a vida do cristão, é necessário esperar
para alcançar aquilo que é a vontade de Deus.
Quando olhamos para Nossa Senhora logo constatamos que a sua paciência foi extraordinária, Ela em tudo soube esperar e confiar na Providência Divina. Não seria isso a chave para viver a Paciência?
Confiar e Esperar! Palavras chaves para o nosso crescimento espiritual, contudo não significa dizer que se deva permanecer em estado inercial, esperando pela ação da mão poderosa de Deus. A decisão pela santidade é uma urgência. Ou santos ou nada!
Quando olhamos para Nossa Senhora logo constatamos que a sua paciência foi extraordinária, Ela em tudo soube esperar e confiar na Providência Divina. Não seria isso a chave para viver a Paciência?
Confiar e Esperar! Palavras chaves para o nosso crescimento espiritual, contudo não significa dizer que se deva permanecer em estado inercial, esperando pela ação da mão poderosa de Deus. A decisão pela santidade é uma urgência. Ou santos ou nada!
Como Maria viveu essa Virtude?
Nossa Senhora passou
por muitos momentos estressantes de provação, de incomodo e de dor, durante
toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável!
Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio
filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu
coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz
aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela
espera em Deus.
Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a
calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar,
como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com
paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e
atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço
para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes.
Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por
exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o
conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor
ou do frio, do abafamento no auto carro lotado, do tempo que levamos sem comer
nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes:
“Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”,
“Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se
calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe a Ira! “Não só isso,
mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a
paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a
esperança.”(Rm 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se
irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a
seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo,
estará sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).
O que os santos nos ensinam a respeito
da Paciência Heróica?
"Nada te amedronte. Tudo passa a paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta." (Santa Teresa D´Avila)
"Nada te amedronte. Tudo passa a paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta." (Santa Teresa D´Avila)
Oração Suplicando a virtude de ser paciente e de não ser arrogante
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ser paciente e de não ser arrogante; Fazei que neste dia, pela
intercessão de Nossa Senhora, "A Mulher tão forte" eu, (nome),
alcance a graça da paciência de sofrer com tranquilidade as demoras de Deus, e
de reconhecer que foi a menina de Nazaré, entre tantas, a que teve mais
fortaleza e humildade, para executar sua missão. Foi ela a mulher forte, que conheceu
a pobreza, o sofrimento, a fuga, o exílio sem nunca perder a esperança, com a
certeza da vitória. Assim seja.
Doçura Angélica e Sabedoria Divina
“A sabedoria é um
eflúvio do poder de Deus, emanação puríssima da glória do Todo-poderoso; por
isso nada de impuro pode nela insinuar-se”. (CIC 2500)
O sábio é aquele que “age com sensatez e
prudência”. (PRIBERAM, 2011), visando nesse proceder a glória divina. A
sabedoria divina deve nortear o nosso modo de falar, de viver, ser, agir e
pensar. Podemos estar inseridos no mundo, mas não devemos agir como ele nos
impele.
A doçura é a chave do coração do meu próximo, através dela podemos exortar, formar e corrigir sem causar atritos ou constrangimentos na pessoa, contudo sem magoá-la, denunciar mas não ferir.
A doçura é a chave do coração do meu próximo, através dela podemos exortar, formar e corrigir sem causar atritos ou constrangimentos na pessoa, contudo sem magoá-la, denunciar mas não ferir.
Como
Maria viveu essa Virtude
Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angélica inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demónios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.
Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angélica inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demónios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.
Imitando essa virtude: A doçura é uma coragem sem
violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo
uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da
crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência. Mesmo havendo
angústia e sofrimento, pode haver doçura.
“Portanto, como eleitos de Deus,
santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade,
humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).
Peça ao Espírito Santo que lhe oriente e instrua no momento em
que for necessário tomar alguma atitude, especialmente se a sua fé estiver em
questão.
Suplicar a Ss. Senhora que nos conceda a sua docilidade no trato com os meus
irmãos e sobretudo ao Espírito Santo.
O que os santos nos ensinam a respeito
da Doçura Angélica e da Sabedoria?
“Seja muito radical nos princípios, mas misericordiosos na aplicação deles”.
“Seja muito radical nos princípios, mas misericordiosos na aplicação deles”.
(Dom Manoel Pestana)
Oração
Suplicando a virtude de ter uma
doçura angélica e sabedoria Divina
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma doçura divina e sabedoria Divina ;
Fazei que neste dia, pela intercessão de Nossa Senhora, "Lírio formoso,
que cheiro respira", eu, (nome), alcance a graça da doçura no falar e no agir, dando-me sabedoria
nas decisões da minha vida e de considerar Nossa Senhora como o lírio entre os
espinhos, pois todas as outras criaturas foram manchadas pelo pecado, e só Ela
foi imaculada e toda pura. E mesmo em meio das dores e tribulações soube
conservar a doçura e a sabedoria. Assim seja.
Profunda humildade:
“Nada façais por
espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar
os outros superiores a vós mesmos”.(Fl 2, 3)
Maria sabia reconhecer-se como
humilde serva, sentia-se nada diante do Senhor, sem vaidade nenhuma oferecia ao
Senhor os louvores que recebia e não havia nada em seu coração que centrasse
nela própria. Ela era simples, todos seus atos eram feitos no silêncio e no
escondimento. A humildade de Maria é a principal virtude que esmaga a cabeça do
demônio. Nossa Senhora nunca se esqueceu que tudo nela era dom de Deus. Ela se
alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar.
Imitando essa virtude: Devemos buscar a humildade,
pensando sempre que se temos qualidades e potenciais tudo devemos a Deus, tudo
isso é dom de Deus. Compreendamos que o homem sem Deus não é nada e nada
possui. Nunca se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade e soberba. Ser modestos,
comedidos, sem vaidade, sempre dispostos a servir aos outros, ter simplicidade
na maneira de se apresentar e quando receber um elogio dar os créditos a Deus.
A humildade se opõe a soberba. “Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva.”
(Lc. 1,48) “Derrubou os poderosos de seus tronos E exaltou os humildes.” (Lc.
1,52).
O que os santos nos ensinam a respeito
da Profunda humildade
“Em tudo o que você fizer, seja
sempre humilde, guardando zelosamente a pureza de seu coração e a pureza de seu
corpo”. (São Padre Pio)
“Na casa da nossa santificação, o
alicerce é a humildade, reconhecendo que nada somos e nada podemos. O telhado é
a proteção de Deus na qual unicamente devemos confiar”.
(Santo Afonso de Ligório)
“É
a humildade que nos torna cada dia conscientes de que não somos nós que
construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; é a
humildade que nos impele a dedicar-nos inteiramente não ao serviço de nós
mesmos ou das nossas ideias, mas ao serviço de Cristo e da Igreja”. (Papa
Francisco)
Oração Suplicando a virtude de ter uma profunda humildade
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma profunda humildade; Fazei que neste dia, pela intercessão de
Nossa Senhora, "Casa dedicada a Deus sempre terno", eu, (nome),
alcance a graça de viver a humildade nas minhas ações, e publicar que Nossa
Senhora é a casa escolhida por Deus para Jesus vir morar entre nós. E só
buscando com humildade o coração da Virgem, haveremos de encontrar seu Divino
Filho. Assim seja.
Contínua Oração
Nossa Senhora era silenciosa, estava
sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo
fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em
Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos
corações. “Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)” Em sua
vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu
coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores
tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.
Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na
presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as
orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida,
no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de
Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em
nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos
inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas
preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de
Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e
vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).
O que os santos nos ensinam a respeito
da Contínua oração
“Vivi-se como
se reza”
“Pela oração
afugentamos todos os males”
“A oração é
uma chave que nos abre as portas do Céu”
(Santo
Agustinho)
Oração: Suplicando a virtude de ter uma contínua oração e ardente
caridade
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma contínua oração e ardente caridade; Fazei que neste dia,
pela intercessão de Nossa Senhora, "Favo de Sansão", eu, (nome),
alcance a graça de ser um homem ou mulher orante, ao ponto de encontrar o favo
de mel dentro da ossada do leão. No seio da humanidade mesquinha e morta pelo
pecado, Deus encontra aquela que é caridosa, meiga, e que na Salve-Rainha a
chamamos de Doce Virgem Maria. Assim seja.
Ardente
caridade
Não
devemos amar nossas fraquezas, nossos pecados, mas sim aquilo que em nós
manifesta a grandeza e a bondade de Deus.
É claro que só coisas boas, brotavam no coração de Nossa Senhora. Isto a fez a mais recheada na virtude da caridade. A vida da Rainha dos Anjos, já refletia esta dom. Ela se entregou ao serviço do templo, desde aproximadamente seus três anos, e nesta ocasião, já estava pronta e sem reserva. Ela amou em intensidade e duração a Deus, e por Ele, nunca deixou de amar os filhos que recebera na cruz. O amor por Deus e pela humanidade traspassou de tal modo sua alma, que não ficou parte alguma em seu ser que não tivesse se doado inteiramente à causa divina. Sua caridade chegou ao ponto, de nos do ar Jesus, seu Divino Filho.Imitando essa virtude:
A Caridade é um sentimento, mas também uma ação de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão. Não deixa de ser, dar esmola, mas deve ir muito além da esmola material. Deve-se dar atenção a família. Diz respeito ao trato com as pessoas da comunidade.
A caridade é doar-se, assim como Maria se doou, assim como Jesus, enquanto homem, entregou-se aos algozes para que se cumprisse o plano de Redenção. Daí a caridade ser a essência do cristianismo e deve ser, portanto, a marca de todo católico.
É claro que só coisas boas, brotavam no coração de Nossa Senhora. Isto a fez a mais recheada na virtude da caridade. A vida da Rainha dos Anjos, já refletia esta dom. Ela se entregou ao serviço do templo, desde aproximadamente seus três anos, e nesta ocasião, já estava pronta e sem reserva. Ela amou em intensidade e duração a Deus, e por Ele, nunca deixou de amar os filhos que recebera na cruz. O amor por Deus e pela humanidade traspassou de tal modo sua alma, que não ficou parte alguma em seu ser que não tivesse se doado inteiramente à causa divina. Sua caridade chegou ao ponto, de nos do ar Jesus, seu Divino Filho.Imitando essa virtude:
A Caridade é um sentimento, mas também uma ação de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão. Não deixa de ser, dar esmola, mas deve ir muito além da esmola material. Deve-se dar atenção a família. Diz respeito ao trato com as pessoas da comunidade.
A caridade é doar-se, assim como Maria se doou, assim como Jesus, enquanto homem, entregou-se aos algozes para que se cumprisse o plano de Redenção. Daí a caridade ser a essência do cristianismo e deve ser, portanto, a marca de todo católico.
O que os santos nos ensinam a respeito
dessa virtude
Obediência Cega:
Maria disse seu “sim” a Deus e ao
projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um
“sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem
impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de
Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades,
pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica
indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade
está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para
obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma
autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a
abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores.
Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a
Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a
palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).
O que os santos nos ensinam a respeito
dessa virtude
“O verdadeiro amor esta obedecer e crer no que se ama”(Santo
Agostinho)
“Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude,
não há bem, não há amor, onde não há Deus, sem Deus não se chaga ao Paraiso. Tudo isso é uma
escada: Se faltar um degrau, caímos”. (santa Terezinha do Menino Jesus)
Oração Suplicando a virtude de ter uma obediência cega
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma obediência cega; Fazei que neste dia, pela intercessão de
Nossa Senhora, "Mãe do verbo, com o qual criou, terra, mar e céus",
eu, (nome), alcance a graça de obedecer aos mandamentos da Igreja, e acreditar
que tudo foi feito por Deus. Ele ordenou e tudo existiu. Mas que este Deus foi
obediente a sua Mãe Santíssima e, tomando forma humana, encarnou-se no seio
Dela. Assim seja.
Pureza Divina:
Senhora da castidade, sempre virgem,
mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu
coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no
Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais
radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e
no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do
Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo,
Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de
Nazaré.
Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o
homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus
Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais
mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes
sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da
castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e ações! Os olhos são os
espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com
malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por
exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade
deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a
oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento
da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de
verdade” (I Cor 5,8).
O que os santos nos ensinam a respeito dessa
virtude
“Santa Pureza, a rainha das virtudes, a virtude angélica, é uma jóia tão preciosa que aquele que a possui se torna como os anjos de Deus no Céu, ainda que revestidos da mortalidade da carne.” (São João Bosco)
“A pureza prepara a alma para o amor, e o amor confirma a alma na pureza”.
(Cardeal Henry Newman)
“Para ser puro, para permanecer puro, tem-se que pagar um preço: Conhecer
a Deus e amá-Lo o suficiente para fazer a Sua vontade”. (Santa Teresa de Calcutá)
Oração Suplicando a virtude da Pureza divina
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma pureza Divina, fazei que, neste dia, pela intercessão de
Nossa Senhora, "Estrela do mar", eu, (nome), alcance a graça da
pureza no olhar no falar e no agir, e de
enxergar que por meio da Estrela do Mar se chega à salvação, como os navegantes
que nas noites escuras são orientados para o porto seguro, por meio desta estrela
luminosa. Assim seja.
Fé Viva:
Feliz porque acreditou, aderiu com
seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem
perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas
palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta
fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque
se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A
inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível:
Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova
do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A
prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e
creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua
adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.
Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao
mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para
aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e
viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo
está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se
recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança
inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos
obedecerá.” (Lc 17,6).
O
que os santos nos ensinam a respeito dessa virtude
" Crendo no
que não vês alcançará no que crês." ( Santo Agostinho)
“A fé, que recebemos de Deus como dom sobrenatural, aparece-nos como luz para a estrada orientando os nossos passos no tempo”. (Papa Francisco)
“Pedro, por inspiração do Pai celeste, proclamara: “Tu és Cristo, Filho de
Deus vivo” (Mt 16, 16) – fé que haveria de vencer todas
as perseguições e todas as tempestades do inferno. Essa fé, que prepara as
coroas dos apóstolos, as palmas dos mártires e os lírios das virgens, e que é
virtude de Deus para salvação de todos os que crêem (Rm 1, 16)”,
(Papa Pio XII)
Oração Suplicando a virtude de ter uma fé viva
Ó Meu Senhor e Meu Deus, que destes aos Santos,
Bem-Aventurados e Servos de Deus, como a São Luís Maria Grignion de Montfort, a
virtude de ter uma fé viva; Fazei que neste dia, pela intercessão de Nossa
Senhora, "relógio que, andando atrasado, serviu de sinal ao Verbo
encarnado", eu, (nome), alcance a graça de pela fé ver Jesus no irmão e
interpretar que por esta mesma fé e pela intercessão de nossa Mãe, o sol pode
parar, e a lua não se mover várias horas, para que seu povo tenha tempo de se
converter e possa receber a justa salvação que vem de Deus. Assim seja.
O que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina a respeito das Virtudes!
CIC Artigo 7 -Resumo
1833. A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o
bem.
1834. As virtudes humanas são disposições estáveis da
inteligência e da vontade, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas
paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Podem ser
agrupadas à roda das quatro virtudes cardiais: prudência, justiça, fortaleza e
temperança.
1835. A prudência dispõe a razão prática para discernir, em todas
as circunstâncias, o verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o
realizar.
1836. A justiça consiste na constante e firme vontade de dar a
Deus e ao próximo o que lhes é devido.
1837. A .fortaleza assegura, no meio das dificuldades, a firmeza e a
constância na prossecução do bem.
1838. A temperança modera a atracção dos prazeres sensíveis e
proporciona equilíbrio no uso dos bens criados.
1839. As virtudes morais desenvolvem-se pela educação, por actos
deliberados e pela perseverança no esforço. A graça divina purifica-as e
eleva-as.
1840. As virtudes teologais dispõem os cristãos para viverem em
relação com a Santíssima Trindade. Têm, Deus por origem, motivo e objecto –
Deus conhecido pela fé, esperado e amado por Si mesmo.
1841. São três as virtudes teologais: fé,
esperança e caridade (85). Informam
e vivificam todas as virtudes morais.
1842. Pela fé, cremos em Deus e em tudo quanto
Ele nos revelou e a santa Igreja nos propõe para acreditarmos.
1843. Pela esperança, desejamos e esperamos de
Deus, com firme confiança, a vida eterna e as graças para a merecer.
1844. Pela caridade, amamos a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o
«vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes.
1845. Os sete dons do Espírito Santo, concedidos aos cristãos,
são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de
Deus.
Como devemos adquirir a paz e desejar o
progresso na virtude
Capitulo
XI – Imitação de Cristo
1.Muita paz poderíamos
gozar, se não nos ocupássemos com os ditos e factos alheios, assim como com as
coisas que não pertencem ao nosso aperfeiçoamento. Como pode ficar em paz, por muito tempo, aquele que se intromete em negócios alheios, que busca relações exteriores, que pouco ou nada se recolhe interiormente?
Bem-aventurados os simples, porque terão muita paz!
2. Porquê os Santos foram tão perfeitos e contemplativos?
É que eles procuraram mortificar-se inteiramente em todos os desejos terrenos, e assim puderam unir-se a Deus no íntimo do seu coração, atendendo livremente a si mesmos.
Nós, porém, preocupamo-nos demasiado com as próprias paixões e ocupamo-nos excessivamente com as coisas transitórias.
Raramente vencemos por inteiro um único defeito, não nos inflamando no desejo de progredir todos os dias; e daí a frieza e tibieza em que ficamos.
3. Se estivéssemos inteiramente mortos para nós mesmos e interiormente desimpedidos, poderíamos criar gosto pelas coisas divinas e experimentar algo da celeste contemplação.
O que mormente mais nos impede é não estarmos ainda livres das nossas paixões e concupiscências, nem nos esforçamos por trilhar o caminho perfeito dos Santos.
Basta um pequeno contratempo para desalentarmos completamente e voltarmos a procurar consolações humanas.
4. Se nos esforçássemos por ficar firmes no combate, como soldados valentes, por certo veríamos descer sobre nós o socorro de Deus.
Pois Ele está sempre pronto a auxiliar os combatentes confiados à Sua Graça, o mesmo Senhor que nos proporciona ocasiões de peleja para que possamos alcançar a vitória.
Se fizermos consistir o nosso aproveitamento espiritual tão-somente na observância exterior, a nossa piedade será de curta duração.
Metamos, pois, o machado à raiz, para que, livres das paixões, possamos gozar uma vida de paz.
5. Se, em cada ano, extirparmos um só vício, depressa seremos virtuosos.
Todavia, pelo contrário, muitas vezes verificamos que éramos melhores e mais puros no princípio da nossa conversão, do que depois de muitos anos de profissão religiosa.
O nosso fervor e aproveitamento devendo crescer em cada dia, parece-nos já grande coisa quando alguém consegue conservar-se no fervor inicial.
Se, logo de início, fizéssemos bastante esforço, poderíamos então enfrentar todas as dificuldades com êxito e alegria.
6. É custoso deixar os nossos maus hábitos; mais difícil, porém, é contrariar a própria vontade.
Com efeito, se não consegues vencer os obstáculos pequenos e leves, como poderás triunfar nos grandes e difíceis?
Decide-te, vigorosamente, a contrariar as tuas más inclinações e a romper com todos os vícios, para que te não metas, pouco a pouco, em grandes dificuldades.
Se considerasses bem quanta paz gozarias e quanta alegria darias aos outros, vivendo virtuosamente, decerto que cuidarias muito mais e melhor do teu progresso espiritual.
Oração
Que Maria repleta
do Espírito Santo, mulher de todas as virtudes nos ajude a obtermos esta que é
a fonte de todas as virtudes: humildade, desprendimento e total
disponibilidade.
Nós sabemos o quanto o materialismo tomou conta dos corações. A pessoa
hoje é tomada pelo desejo. A sede de prazer embota corações e mentes. A
inquietação e a agitação compõem a música de fundo de nossa sociedade
competitiva e violenta. Não há paz nem alegria. Pois bem, a força do Espírito
Santo que envolveu Maria conferiu-lhe todas as virtudes. E isto foi possível
porque ela primeiro esvaziou-se totalmente, vivenciando a grande virtude do
desprendimento, ou seja, da total disponibilidade a Deus. Assim, ela pode
ser convidada pelo anjo a alegrar-se (Lc 1,28), pois a ela que se
esvaziou completamente foi entregue por primeiro o maior dom: Jesus Cristo. (Dom
Pedro Carlos Cipolini -Bispo de Amparo – SP) Fonte: CNBB
Referências:
<http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx>.
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/…/virtude…
http://cleofas.com.br/imitando-as-virtudes-de-maria/
http://cleofas.com.br/imitando-as-virtudes-de-maria/
http://nova-evangelizacao.blogspot.com.br/2008/02/imitao-de-cristo-captulos-x-xi-xii-xiii.html
Comentários
Postar um comentário